No Brasil, apenas 8% têm plenas condições de compreender e se expressar
Foi isso mesmo que você leu apenas 8% (ou oito a cada grupo de cem pessoas) da população em idade de trabalhar são consideradas plenamente capazes de entender e se expressar por meio de letras e números. Eles estão no nível `proficiente`, o mais avançado de alfabetismo funcional em um índice chamado Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional). Um indivíduo `proficiente` é capaz de compreender e elaborar textos de diferentes tipos, como mensagem (um e-mail), descrição (como um verbete da Wikipedia) ou argumentação (como os editoriais de jornal ou artigos de opinião), além de conseguir opinar sobre o posicionamento ou estilo do autor do texto.
Também é apto a interpretar tabelas e gráficos como a evolução da taxa de desocupação (veja que tipo de gráfico é nesta notícia) e compreende, por exemplo, que tendências aponta ou que projeções podem ser feitas a partir desses dados. Outra competência que o `proficiente` tem é resolver situações (de diferentes tipos) sendo capaz de desenvolver planejamento, controle e elaboração. Numa situação ideal, os estudantes que completam o ensino médio deveriam alcançar esse nível — no Brasil, o ensino médio completo corresponde a 12 anos de escolaridade.Há cinco níveis de alfabetismo funcional, segundo o relatório `Alfabetismo e o Mundo do Trabalho`: analfabeto (4%), rudimentar (23%), elementar (42%), intermediário (23%) e proficiente (8%). O grupo de analfabeto mais o de rudimentar são considerados analfabetos funcionais. O estudo foi conduzido pelo IPM (Instituto Paulo Montenegro) e pela ONG Ação Educativa. No conjunto, foram entrevistadas 2002 pessoas entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país.
Fonte: Uol educação ( adaptado )