Verifica-se, pelas redes sociais, que os (as ) psicopedagogos (as) buscam constantemente por materiais para seu trabalho interventivo relacionado com o processo de aprendizagem. Porém, fica a pergunta: Que materiais são estes ?
Geralmente a procura é relacionada a jogos e brinquedos que proliferam, principalmente após a pandemia do COVID 19, em lojas virtuais. Vivemos numa sociedade capitalista de consumo e abriu-se um nicho de mercado para os profissionais da Psicopedagogia. Existe um afã no sentido de possuir este ou aquele material para integrar o repertório do consultório, fruto, em grande parte, deste momento histórico que vivemos, o qual ainda se pauta pela competição e posse de bens materiais.
Em relação aos materiais, desde testes até jogos, livros e brinquedos, visam preencher um espaço externo relacionado com a área de atuação, mas o espaço interno, aquele que constitui verdadeiramente o profissional, parece que fica descuidado. Preencher o espaço externo com materiais concretos não é suficiente para construir uma identidade profissional.
Os recursos internos são aqueles que permitem ao psicopedagogo saber o que fazer com os objetos de que dispõe. Sem eles, os materiais são sub utilizados e sua conduta diante do cliente não se torna operativa e profícua.
Investir em cursos de capacitação, de atualização e aperfeiçoamento é uma alternativa de enriquecimento interno, que pode ser mais eficaz profissionalmente. Os materiais podem ser enumerados, contados, ocupam um espaço físico e visível.