Olá, tudo bem ?
A palavra tédio, há algum tempo atrás não era muito utilizada pelas crianças. Por isso fiquei surpresa quando meu neto, de apenas 10 anos de idade, estando em minha casa sem muito o que fazer, me disse: Estou entediado.
EN TE DI A DO ? Disse eu ! O que significa isso ? Ele não soube me responder. Porém, percebi claramente que identificava o sentimento do tédio, aquele que nos arrebata quando estamos sem uma ocupação ou algo que nos interesse.
O tédio é caracterizado como um estado de falta de estímulo ou da presença de uma ação repetitiva ou pela falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc. Ao mesmo tempo em que o tédio tem este aspecto de paralisação, até mesmo de depressão, há um outro lado deste sentimento que filósofos descortinam. Jean Paul Sartre, em seu célebre romance ” La Nausée”, demonstra como a condição humana é instada pela liberdade: Nós somos a nossa própria máquina. Com o exercício da liberdade de criação a que o homem está condenado , podemos encontrar um remédio para o tédio, segundo a mensagem contida nesta obra.
Depois de sentir tédio, grandes personalidades fizeram grandes revoluções
Albert Einstein
Einstein não era mau aluno, como diz a lenda – era um aluno entediado, já que as matérias não o desafiavam. Mas tornou-se grande defensor do tédio e considerava-o “o mais elevado estado mental”. Foi levando uma vida monótona (como ele dizia), que teve tempo para criar a teoria da relatividade.
Steve Jobs
Se todo mundo sente tédio, poucos tiraram tanto dele quanto o fundador da Apple, que afirmou ser grande defensor do sentimento. Ele acreditava que do tédio surgiria a curiosidade – e, dela apareceria todo o resto. Tipo o seu iPhone.
Woody Allen
O cineasta declarou que não terminou a faculdade porque era muito entediante, e também que não se diverte com quase nada. Ainda assim, ou talvez por causa disso, Allen já dirigiu 43 filmes desde 1965 – um ou mais por ano desde 2001.
Winston Churchill
Ser o primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial não salvou Churchill do tédio. Prova disso é que suas últimas palavras, antes de entrar num coma (e morrer nove dias depois) foram: “Estou entediado com tudo isso”.
Para ajudar os pais ou avós, que como eu, têm interesse em fazer do tédio um espaço criativo, sugiro o jogo de Patrícia Marinho, ” Caixinha Antitédio para Crianças” . Trata-se de um livro em forma de caixinha que pretende acabar com o tédio da molecada. A caixinha antitédio para crianças tem 40 cartas. Em cada uma, a sugestão de uma brincadeira Inteligente e estimulante para crianças crescerem felizes. E para criar momentos muitos especiais com elas. Vale a pena conferir esta e outras sugestões em http://www.booktoy.com.br/index.php?cPath=96&osCsid=f4l9h763ekeesgepsltqce97n2
