Continuando a série de posts sobre o brincar na escola, trago algumas informações a respeito do uso de jogos na sala de aula.
Primeiramente convém distinguir o brincar espontâneo da criança e os jogos utilizados pela professora em sala de aula. Estes últimos têm função pedagógica e não apenas lúdica. O brincar é mais completo e mais lindo do que este jogar com propósitos definidos. Contudo, mesmo assim, é melhor que a professora utilize tais recursos em suas aulas do que permanecer com didáticas baseadas apenas na transmissão oral de conteúdos.
Quais seriam os objetivos dos jogos na sala de aula ? Vamos enumerar 10 deles:
1- Divertir;
2-Servir ao desenvolvimento de atitudes cooperativas;
3-Servir como meio de revisão de conteúdos;
4- Trabalhar a ansiedade;
5- Desenvolver atitudes cooperativas;
6- Rever os limites;
7-Ajudar no controle das emoções;
8- Promover a comunicação e a integração entre os alunos;
9- Desenvolver estratégias de pensamento;
10- Desenvolver a criatividade.
Vejamos um exemplo de jogo que pode ser aplicado na escola para atender aos objetivos acima descritos:
Um Urso
Idade: 5 a 10 anos
Número de jogadores: qualquer
Duração: 5 a 15 minutos
O que o jogo exercita: Números, letras, vocabulário e sobretudo memória.
Como jogar: Os jogadores sentam-se em círculo. Define-se, por qualquer critério o primeiro a jogar. Ele se vira para a pessoa à sua esquerda e diz: “Um urso”. Cada participante repete a frase na sua vez, até voltar ao jogador à esquerda daquele que começou. Este jogador, então, deve inventar uma nova frase começando com o número dois, seguido de uma outra palavra que comece com a mesma letra, “d”. Por exemplo, “dois dados”, Agora as duas frases, em sequência terão que ser repetidas por todos os participantes. Fica assim: “um urso, dois dados. Quando o último tiver repetido, é a vez do terceiro jogador. Ele escolhe então um terceiro item que será adicionado aos anteriores.
Após algumas rodadas, a frase que todos terão que repetir será algo mais ou menos assim:um urso, dois dados, três tigres, quatro queijos, cinco casas, seis sapos, sete sinos … ”
Vencedor: Quando um jogador comete um erro, ele sai do jogo. O vencedor será o último jogador que restar.
Variações:
Impondo velocidade para falar a sequência, o jogo pode se transformar numa espécie de trava-línguas;
Definir outras sequências numéricas pode acrescentar tempero à brincadeira (para crianças entre 8 e 10 anos);
Podemos começar introduzindo a seqüência de números pares: “dois dados, quatro quadros, seis sereias, oito ovelhas … ” Depois os ímpares. “um urso, três tomates, cinco cocos, sete selos, nove números …”
A sequência também pode ser invertida: “vinte vacas, dezenove doutores, dezoito dedos, dezessete dados, dezesseis donos, quinze quartos … Agora os múltiplos de 3, de 4, 5,6 … Para crianças que estão aprendendo as tabuadas, o jogo pode se transformar num excelente e divertido exercício. Por exemplo, a do três: “três torresmos, seis secretárias; nove navios, doze duchas … “
São sugestões de sequências e você pode criar outras opções, de acordo com seu objetivo e com cada grupo específico de crianças.
Experimentem e postem seus comentários !
Até mais,
2 Comments
Eu não nem sei como vim parar aqui, mas eu pensei que este
post foi grande. Eu não sei quem você é mas certamente és vai um blogueiro famoso
se você não são já Um brinde!
Oi Selesa,
Não sou uma blogueira famosa, apenas uma psicopedagoga que se dedica a compartilhar seus conhecimentos e experiências. Obrigada por suas palavras de carinho.
Um abraço,
Júlia